terça-feira, 13 de setembro de 2016

Poema - Pálida à luz da lâmpada sombria


Pálida À luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando
Negros olhos as pálpebras abrindo
Formas nuas no leito resvalando
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
-Álvares de azevedo
Ps: a moça não está morta, está apenas dormindo.
O poema marca a segunda fase do romantismo brasileiro conhecido como ultra romatismo, aquele em que se morrem de amores (sim morre literalmente) e idealiza o outro.

Nenhum comentário:

Sobre Alienação Hello, Hello, caros leitores, faz muito tempo que não dou as caras por aqui, a vida teve umas revira voltas e eu tenho pensa...